6.14.2009

Doc español


¡Hola!

Eeeeeeeeeeeeeeeee!

Já tenho meu "RG" espanhol.

Se chama NIE: Numero de Identificação estrangeira. Esse também passa a ser meu visto aqui, uma vez que vem com validade e posso estar aqui até o final dele. É válido até fevereiro do ano que vem e eu posso renová-lo se precisar.

É isso!


Beijo.

Londres: o retorno.

¡Hola! ¿Que tal?
Uau! Eu sei que já faz muito tempo que não atualizo minhas peripécias por aqui mas se eu "sumi" é porque tudo está indo bem por aqui.
O que tenho que contar agora entra no capítulo "viagem à Londres" e isso encerra a essa história. Na verdade, eu diria que fecha muito bem e, com certeza, será lembrado como um dos melhores episódios londrinos. Vamos lá.
Meu voo sairia de Londres às 6h45, sendo assim eu estaria que estar lá no máximo às 6h00. Ok! Pedimos um taxi num ponto perto da casa do Trinda, o taxista foi me pegar às 5h00 e, dando crédito à fama, ele chegou pontualmente (mesmo não sendo britânico). O motorista super gente boa, simpático. Fomos conversando o tempo todo, o que foi ótimo pra mim porque esse foi o único momento em que falei inglês. O aeroporto de Luton está um pouco afastado de Londres (uns 25km) e aí quando estávamos numa via que seria como a nossa marginal Tietê o motorista do carro ao lado começa a fazer sinais pra gente. Eu não entendo nada e o motorista do táxi muito menos. O outro insiste. Não entendemos. Insiste e..."Oh my god!", lê-se : pneu furado. Merda!
Paramos e o taxista imediatamente liga para um companheiro dele ir me buscar. O cara fala que em 16min chegaria. Como estávamos bem de tempo eu fiquei tranquila e esperando. O taxista era tão gente boa que me deu o PSP dele para ficar jogando enquanto eu esperava e me deu também o cartão dele e da empresa de táxi dele no caso de que alguma coisa desse errado.
O tempo passou e nada do cara chegar, ligamos outra vez e o cara disse que em 7 min chegaria...Tantos minutos quebrados (16, 7) mas fui percebendo que a pontualidade não era tão britânica assim. E nisso já eram 5h50. Exatamente às 6h00, o horário em que eu deveria estar lá, chega o cara. SUPER TRANQUILO. Eu desesperada, já pensando em como compraria outra passagem pra voltar e que pagaria 5x mais caros e tudo que o motorista me falava era "tranquila baby, tranquila, você não vai perder o avião" e aumenta o volume da rádio que toca reggae. O cara devia estar drogado.
Às 6h10 chegamos na entrada do aeroporto e havia um trânsito incrível, umas filas enormes de carros. Eu falava que ia descer e ir andando e o motorista "não, relaxa que daqui a pouco esses carros andam". Ah claro! De repente a rua pode engolir os carros e o caminho ficará livre para nós. =/ . Quando nos aproximamos um pouco mais eu desci do carro e saí correndo. Corri uns 4min até entrar no aeroporto. E, acreditem em mim, correr por 4min no frio de uns 3º, com uns 10kg nas costas, te deixa totalmente sem fôlego.
6h15: entro sem ter nenhuma idéia de onde ir. Como eu já tinha feito o check-in on line então era eu só ir direto aos portões de embarque. Vou correndo e quando vou subir uma escada rolante um segurança diz que eu não poderia ir com uma revista na mão, que teria que colocá-la na mochila. Eu tentei mas não entrava e tive que jogar fora, e a revista era um presente do Trinda pra Karina, subo a escada correndo e encontro uma fila enorme para o detector de metais, peço pra todo mundo me deixar passar na frente porque estava atrasada. Pela minha cara de assustada eu nem precisava falar muito também. Todos me deixaram passar.
6h23: passo no detector e "pipipi" Droga! Você no canto! Vem a mulher e me faz uma vistoria e me diz que os brincos que "apitaram". Ah! E no aeroporto de Londres eles pedem pra você tirar o sapato pra passar.
6h30: Vivi de meia sai correndo e se depara com dois corredores para os portões de embarque. Penso: esquerda ou direita? Não sabia qual era o meu então tive que buscar os monitores para ver, encontro e chego correndo na fila para embarque que tinha 1 pessoa. Ok! Fui a última a embarcar e descalça, descabelada, sem fôlego. Horrível!
Sentei no primeiro lugar que vi (também já não tinham mais lugares), e quando tô lá tentando recuperar minha lucidez, um americano do meu lado transpirando, apertando o assento, e dizendo "oh my god, oh my god, oh my god": ele tinha medo de avião. E foi assim a viagem inteira.
E vocês pensam que acabaram? O avião decola e 2 min depois "Bláááááááá", "que isso?". Um cara que estava 4 fileiras na minha frente vomita igual a menina do Exorcista: no cara do lado dele, na poltrona da frente, no corredor, em tudo! Tudo! E não parava. O idiota deve ter pensado: como vou sair super cedo, vou sair , beber e durmo na viagem. Só que passoou mal. Pior que eu que tenho um estômago super forte, fui pro banheiro deixar minha herança também. Se alguém vomita no ônibus todo mundo abre as janelas e no avião, faz o que? Viaja o tempo todo como aquele cheiro horrível.
Olha, sei que quando cheguei em Madrid fui a primeira a descer, a primeira a passar e saí correndo praticamente. Foi um show de horrores minha viagem de volta. A vantagem é que renderam boas risadas depois.
É isso! Quem tiver uma super história de caminho de viagem conte-me.
Beijo!